No âmbito da missão parlamentar em que participo, estive hoje no maior campo de refugiados sírios que existe na Turquia, ainda a alguns quilómetros da fronteira com a Síria e sob um sol completamente abrasador.
Num terreno a perder de vista, há 17 mil refugiados que estão ali instalados - a maioria há anos - após escaparem à guerra e ao terror de Assad. Escreverei sobre esta visita mais tarde, mas ver estas pessoas ali, não obstante todos os esforços de quem os acolhe, é muito doloroso.
A vida é feita em condições duríssimas e é particularmente tocante a situação das crianças sírias que perderam a sua infância. Transportam consigo histórias inimigáveis que nos destroçam. Elas e os seus pais, embora muitas sejam orfãs.
Mas, numa inocência ainda não inteiramente perdida, aquele campo é por agora o seu universo onde podem ser tudo e, mesmo com vedações, não há ali fronteiras para as travessuras nem para a felicidade simples de estarem com alguém de fora, tirarem fotografias, correrem, brincarem.
Acredito e espero que tenham consigo todos os sonhos do mundo.
E, enquanto assim for, então haverá Humanidade.