A redução da pobreza e da exclusão social é, desde sempre, um vector fundamental das políticas do Partido Socialista. Não por acaso, foi por iniciativa do PS que ao longo dos anos se introduziram em Portugal sucessivas políticas sociais para corrigir desigualdades estruturais na nossa sociedade, em particular aquelas dirigidas para as franjas mais vulneráveis da população, nomeadamente crianças e idosos. Num país com défices históricos, é fundamental nunca esquecermos aqueles que necessitam da comunidade – do Estado – para escaparem ao abismo da pobreza. Devemos fazê-lo por princípios de solidariedade, de coesão e bem comum.
O debate público nem sempre valoriza os resultados das políticas neste domínio, na medida em que elas são muitas vezes invisíveis para o cidadão comum e as métricas de avaliação de uma realidade tão complexa e multidimensional como esta nem sempre permitem uma tradução objectiva das melhorias no terreno. Mas, elas são evidentes, fazendo a diferença na vida de tantas pessoas.
O Eurostat, em linha com a avaliação feita por outras entidades nacionais e internacionais, confirmou recentemente que Portugal tem vindo a reduzir de forma consistente o número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão: são menos 659 mil pessoas nesta condição face a 2015 e menos 89 mil face a 2019, mostrando a resistência desta tendência mesmo após a pandemia. Mais: este é o número mais baixo de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social desde que há registos da série Eurostat, situando Portugal (20,1%) abaixo da média da UE em 2022 (21,6%).
Tal não aconteceu por acaso. Uma economia em crescimento e em convergência europeia, com mais empregos e mais bem remunerados, a par do robustecimento das medidas de política social (abono de família, complemento solidário para idosos, garantia para a infância, rendimento social de inserção, entre outras), têm levado a uma redução consistente da pobreza e da exclusão social. E isto, por seu turno, resulta do programa que o PS tem vindo a aplicar desde 2015 e que derrotou as narrativas da austeridade e do empobrecimento, das quais o PSD e os seus velhos e novos parceiros não se conseguem libertar.
É, pois, tempo de prosseguirmos este caminho, porque para o PS o crescimento só faz sentido em prol de um projecto de coesão e desenvolvimento nacional.