Financiamento da greve: PS quer saber quem paga e como paga
07 Fev 2019
Financiamento da greve: PS quer saber quem paga e como paga

O Grupo Parlamentar do PS vai avançar com «todas as acções» que se revelem «necessárias» para a «clarificação» da forma de financiamento da «greve cirúrgica» dos enfermeiros, que arrancou na semana passada nos blocos operatórios de sete unidades hospitalares e que está a provocar o adiamento de centenas de cirurgias programadas. É «dever» do partido «questionar a origem das centenas de milhares de euros que estão a circular sem rastreio público», argumenta Tiago Barbosa Ribeiro, coordenador dos socialistas na Comissão Parlamentar de Trabalho.

Alegando que «nada impede que interesses contrários ao SNS [Serviço Nacional de Saúde], sejam eles privados ou de qualquer outra índole, possam utilizar este mecanismo para fragilizar o sistema público», o deputado explicou por escrito ao Público que o PS quer «saber quem paga e como paga» este protesto, pelo que vai «desenvolver todas as acções necessárias à obtenção dessa clarificação perante o país».

A declaração na íntegra:

«O GPPS discorda do mecanismo de financiamento da actual greve dos enfermeiros, vulgarmente designada por “greve cirúrgica”. Esta é uma greve muito estranha que tem tido um impacto enorme sobre os doentes e sobre as garantias oferecidas pelo SNS, adiando de forma cruel cirurgias programadas. Por isso, para além de se questionar se a bastonária da Ordem dos Enfermeiros não está a violar os seus estatutos, é nosso dever questionar a origem das centenas de milhares de euros que estão a circular sem rastreio público. É que nada impede que interesses contrários ao SNS, sejam eles privados ou de qualquer outra índole, possam utilizar este mecanismo para fragilizar o sistema público. Queremos por isso saber quem paga e como paga, pelo que desenvolveremos todas as acções necessárias à obtenção dessa clarificação perante o país.

(Tiago Barbosa Ribeiro, Coordenador do PS na Comissão de Trabalho e Segurança Social)»

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