«Independentemente do direito legítimo e constitucional de todos os trabalhadores à greve, eu creio que é muito difícil que qualquer português entenda que se faça uma greve desta natureza e com este impacto – um impacto muito sério em diferentes setores do país – por causa de aumentos salariais para 2021 e 2022». Foi desta forma que o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro, coordenador dos deputados socialistas na Comissão parlamentar de Trabalho, reagiu hoje à pré-anunciada greve dos motoristas de matérias perigosas agendada para 12 de Agosto.
Questionado sobre as percentagens fixadas pelo Governo para os serviços minímos, o deputado do PS afirmou que «foram os serviços mínimos que o Governo entendeu com os adequados para fazer face às consequências que esta greve pode ter para o país» e que «correspondem à gravidade dos seus impactos».
O deputado socialista assinalou que este «é um conflito laboral entre agentes privados» e que o «Governo fez tudo» para «ultrapassar este problema, quer do ponto de vista laboral, quer do ponto de vista das consequências que uma greve pode ter para um país».
Questionado sobre a proposta do CDS-PP de alteração da lei que regula os serviços mínimos, o deputado considerou-a «prematura e extemporânea», justificando que tal proposta não deve ser feita “em cima de uma greve que suscita essa reflexão» e «com a Assembleia da República sem trabalhos parlamentares» em curso.
«Temos de ter serenidade. Com as leis que temos conseguimos certamente fazer cumprir os serviços mínimos que estão estabelecidos para esta greve e para outras greves e, é nesse quadro, que temos de respeitar aqueles que querem legitimamente fazer o seu direito à greve e também respeitar os serviços mínimos que procuram ultrapassar as consequências que, neste caso específico de paralisação de alguns sectores de actividade por falta de combustível, o Governo entendeu fixar», acrescentou.
Por isso, na óptica do deputado socialista, «este tipo de propostas, a serem feitas, devem ser feitas em contexto de programa eleitoral e no quadro das eleições» legislativas de 6 de Outubro, para que possam ser discutidas «soluções que possam ser debatidas entre os diferentes partidos».
Porém, sublinhou Tiago Barbosa Ribeiro, «o Partido Socialista não entende que essa seja uma questão central».
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