Intervenção no debate quinzenal com o Primeiro-Ministro (vídeo)
17 Abr 2019
Intervenção no debate quinzenal com o Primeiro-Ministro (vídeo)

O deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro interveio hoje no debate quinzenal com o Primeiro-Ministro na Assembleia da República e lançou uma dura ofensiva contra os partidos da direita que têm demonstrado em «voltar para trás» quando o país já «andou para a frente» graças às políticas do Governo socialista.

«Nas últimas semanas, os partidos da direita entraram definitivamente em modo de campanha eleitoral. Sobre as eleições europeias não têm dito muito, o que é proporcional ao pouco ou nada que têm feito na Europa, e o que fizeram preferem esconder», atacou o socialista durante o debate quinzenal.

Ora, «nos intervalos em que não faltaram às suas obrigações no Parlamento Europeu, os candidatos da direita lá estavam a defender força máxima nas sanções contra Portugal quando começámos a aumentar salários e pensões», recordou, dizendo que PSD e CDS «querem que o país esqueça o que andaram a dizer e a fazer na Europa, mas nós cá estamos para lembrar».

Relativamente à política nacional, o problema é outro. Segundo Tiago Barbosa Ribeiro, «PSD e CDS já vão dizendo algumas coisas, mas aí percebemos porque é que o povo diz que algum silêncio é mesmo de ouro: sempre que falam, desfazem a ilusão de que aprenderam com os erros e mostram que as supostas novas ideias não passam de uma cinzenta recauchutagem do passado». Desde as críticas aos passes sociais ao velho sonho da privatização da Caixa Geral de Depósitos, nada foi esquecido.

Centrando baterias no PSD neste debate cujo tema principal foi a sustentabilidade da Segurança Social, Tiago Barbosa Ribeiro afirmou que «os principais inimigos da sustentabilidade da nossa Segurança Social são aqueles que defendem a flexibilização laboral, que estiveram contra a regularização dos precários, que se opuseram ao aumento dos salários e que recusaram diversificar as fontes da Segurança Social», sublinhou o parlamentar.

O deputado do PS recordou ainda que PSD e CDS abalroaram «a confiança dos portugueses no sistema quando propuseram um corte de 600 milhões de euros nas pensões a pagamento e quando puseram no programa eleitoral que iam privatizar uma parte dos seus descontos».

Por isso, deixou um aviso à líder do CDS Assunção Cristas: «Da próxima vez que for a uma empresa falar com trabalhadores e criticar este Governo, como ainda fez na semana passada, dizendo que os rendimentos são baixos, pode aproveitar e pedir-lhes desculpa por ter votado nesta Assembleia contra os aumentos de salários e pensões».

 

Sucesso da política do Governo comprovada com resultados do Fundo de Estabilização da Segurança Social

Tiago Barbosa Ribeiro garantiu que para o PS «não é possível resolver a sustentabilidade financeira ou social da Segurança Social se não houver emprego e salários dignos, porque sem eles não há contribuições e os défices surgem, sendo que a instabilidade laboral também impede muitos portugueses de terem filhos, algo essencial, a par da imigração, para a inversão da nossa tendência demográfica».

Asseverando que o «Partido Socialista cá estará para a defesa do interesse geral de todos os trabalhadores, reformados e pensionistas», demonstrou o sucesso das políticas desta legislatura com os resultados do Fundo de Estabilização da Segurança Social, garante último os pagamentos das pensões, que ultrapassou pela primeira vez os 18 mil milhões de euros.

 

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