O Jornal de Notícias fez hoje um trabalho com a posição dos deputados eleitos pelo círculo do Porto sobre o Infarmed.
Aqui ficam as respostas completas às questões colocadas.
1. Considera que o Infarmed deveria ser deslocalizado para o Porto?
Faz todo o sentido deslocalizar e descentralizar - instituições, empresas, recursos - num dos países mais centralistas da Europa. O centralismo endémico em que vivemos durante décadas é um obstáculo ao desenvolvimento nacional. Para além disso é injusto e o Norte, o pulmão exportador, é a região com mais capital de queixas. O Infarmed no Porto integraria a região onde está o cluster da saúde, ganhando escala e eficiência.
2. Como avalia a decisão do Governo de não transferir o Infarmed para o Porto?
Gerou compreensível frustração, a que não fui alheio. O Ministro da Saúde geriu mal este processo. Em todo o caso, convém lembrar que o Governo não teve apoio de nenhum partido para esta deslocalização. Por outro lago, o Governo tem dado passos firmes de descentralização e respeito pelo Porto: reversão do confisco da água, Miró em Serralves, municipalização dos transportes, obras no Alexandre Herculano, etc. Esta decisão não apaga o que de bom tem sido feito. Obriga-nos a trabalhar ainda com mais afinco e combatividade regional.