PS recuperou Segurança Social do risco de privatização
26 Jun 2019

«Os principais inimigos da sustentabilidade da nossa Segurança Social são aqueles que defendem a flexibilização laboral, que estiveram contra a regularização dos precários, que se opuseram ao aumento dos salários e que recusaram diversificar as fontes da Segurança Social. Nós sabemos onde eles estão e eles sentam-se, nesta câmara, nas bancadas do PSD e do CDS», atacou hoje, no Parlamento, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro.

Intervindo durante a interpelação do Bloco de Esquerda ao Governo sobre a sustentabilidade da Segurança Social e o respeito por uma vida de trabalho, o parlamentar do PS agradeceu aos bloquistas por terem trazido este tema a plenário, que «permite demonstrar o sucesso do caminho que fizemos e a enorme distância a que estamos do ponto em que partimos», quando o actual Governo tomou posse e encontrou uma «Segurança Social fragilizada, depauperada e na vertigem do risco da privatização».

O Partido Socialista demonstrou que, «ao contrário do que a direita dizia e inscreveu no seu programa e no famoso plano de estabilidade para esta legislatura, não era necessário cortar pensões, não era preciso plafonar, não era preciso iniciar o processo de desmantelamento da Segurança Social de todos os portugueses para a transformar numa Segurança Social de alguns», frisou.

Segundo Tiago Barbosa Ribeiro, «PSD e CDS abalroaram a confiança dos portugueses no sistema quando propuseram um corte de 600 milhões de euros nas pensões a pagamento e quando puseram no programa eleitoral que iam privatizar uma parte dos seus descontos».

No entanto, o PS sempre recusou esse caminho e hoje tem «a certeza de que ele estava profundamente errado e que o Partido Socialista e esta maioria estavam no caminho certo», congratulou-se, deixando ainda um alerta às bancadas da direita: «não contam com o Partido Socialista para aventuras com reformas dos portugueses», uma vez que o PS ouve «com regularidade, vindo do PSD, apelos a um amplo consenso para uma reforma nesta matéria». Ora, o socialista deixou claro que «não é possível qualquer diálogo nesta matéria que tenha como pressuposto cortar, privatizar e plafonar».

 

Direita portou-se como «raposa no galinheiro» nas políticas de emprego

Também o emprego em «qualidade e quantidade» é importante para uma Segurança Social sólida, destacou o deputado do PS, que recordou que, «perante a catástrofe que se abateu sobre o mercado de trabalho na anterior legislatura, a direita comportou-se como uma raposa no galinheiro e, em vez de utilizar as políticas públicas para inverter o desemprego e o emprego de má qualidade», preferiu «utilizar essa diminuição de receitas como argumento para ir ao osso da Segurança Social lançando o pânico para promover uma agenda privatizador».

O Partido Socialista fez o inverso, porque «entende que não é possível resolver a sustentabilidade financeira ou social do sistema de pensões se a economia estiver a andar para trás, se não houver emprego e salários dignos», asseverou Tiago Barbosa Ribeiro.

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