O Governo e o PS rejeitaram hoje as propostas da Comissão Europeia para agravar a precariedade e desproteger os contratos de trabalho.
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «esse não é um ponto de vista que nós partilhemos com a Comissão Europeia», sublinhando que «as empresas têm vindo a perceber que se querem ter mão-de-obra qualificada têm de investir na formação e não podem ter emprego assente na precariedade. Essa ideia de que nós seremos mais produtivos e mais competitivos esmagando salários e destruindo direitos é uma ideia errada e não faz parte do mundo de hoje.»
No Parlamento, o PS rejeita também qualquer mudança. Em declarações à imprensa, Tiago Barbosa Ribeiro sublinha que a posição da Comissão Europeia «é posição conhecida e que por isso o PS regista mas discorda. A austeridade derrota-se a si própria e as próprias fórmulas da Europa falharam [nos anos da troika]».
Tiago Barbosa Ribeiro destaca também que o rumo que o governo tomou também mereceu discordâncias das instâncias europeias, como o aumento do salário mínimo nacional, finalizando: «Não estamos disponíveis para fazer este tipo de alterações nem acompanhamos essa opção ideológica.»